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Rondônia, sábado, 20 de abril de 2024.

Nacional

Vídeos encontrados em celulares mostram rapazes provocando cobras

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Vídeos encontrados em celulares apreendidos e vistoriados pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante a investigação Snake – que apurou a venda de serpentes exóticas, sem autorização – mostram amigos de Pedro Henrique Krambeck Lehmkuh provocando a naja que picou o estudante de veterinária no começo de julho. As informações são do site G1 e da Rede Globo, que teve acesso aos vídeos.  No mês passado, 12 pessoas foram indiciadas, entre elas o estudante picado. A maioria, sob suspeita de tráfico de animais silvestres, maus-tratos e associação criminosa. Pedro Henrique, 22, comprava serpentes de traficantes e as criava em cativeiro em sua própria casa – filhotes dos reptéis eram vendidos por R$ 500. Ele foi preso preventivamente em Brasília no dia 29 de julho, após deixar a UTI onde ficou em coma depois de ser picado pela cobra que aprisionava.
 
Nas imagens, vê-se um jovem com os cabelos presos em um coque sentado em frente à cobra, que está solta. Ele passa a mão perto da cabeça da serpente e também bate no piso, mais de uma vez, para ver a reação do animal, que tenta dar um bote. Em um segundo vídeo, a naja está dentro de uma caixa de plástico. Por meio de uma pequena abertura quadrada, uma pessoa provoca a cobra, que chega a colocar a cabeça para fora. Em uma terceira gravação, aparecem duas pessoas extraindo o veneno de uma cobra, que, segundo o site, seria uma jararaca. Um homem segura o animal, e outro segura um copo – é possível ver o veneno sendo expelido por ela. Pelo áudio, é possível ouvir que o homem chama o jovem de Pedro. Depois, ele pergunta, em tom irônico, enquanto o líquido pinga no copo: “Será que ela tem veneno?”.
 
Depois de picar Lehmkul, no dia 7 de julho, a naja ficou desaparecida por quase 24 horas. Ela foi localizada no começo da noite do dia seguinte, no Setor de Clubes de Brasília, próximo a um shopping center, após o testemunho de diversas pessoas. Ela estava dentro de uma caixa e escondida atrás de um morro de areia. A suspeita é que um amigo de Lehmkul – que já foi identificado pela polícia, mas teve o nome preservado – a tenha deixado lá. O caso acendeu um alerta vermelho para uma questão maior no país: o tráfico ilegal de animais silvestres.
 
Na sexta-feira (4), a Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia do Ministério Público do DF (MPDFT) contra Pedro Krambeck . A mãe dele, o padrasto e um amigo também se tornaram réus e vão responder por venda e criação de animais sem licença, além de maus-tratos.

Fonte: O tempo